Guilherme Ferreira
MONUMENTO A TIRADENTES
Localização: Praça
Tiradentes, centro.
Quando se chega à Praça Tiradentes, o
olhar do visitante é atraído por um imponente monumento a Joaquim José da Silva
Xavier, onde foi exposta sua cabeça em 1792 no centro da praça e que hoje é um
marco na paisagem ouropretana.
Com a Proclamação da República, o
primeiro congresso mineiro deliberou erguer um monumento em homenagem a
Tiradentes, na Praça da Independência, em substituição à Coluna Saldanha
Marinho. Em 21 de abril de 1892, foi lançada a pedra fundamental do monumento;
eram as comemorações do primeiro centenário da execução de Joaquim José.
Dois anos após, em 1984 era solenemente
inaugurado pelo Dr. Affonso Augusto Moreira Penna, Presidente do Estado de
Minas Gerais. A partir de então, a praça passou a se chamar Tiradentes. Com uma
altura total de 19 metros, o monumento foi feito em granito extraído do
Morro da Viúva, no Rio de Janeiro e executado pelo escultor Virgílio Cestari
(encarregado do monumento) tem características de art. déco. A Estátua do
Tiradentes tem 2,85 metros, foi fundida na Itália e as vinte e quatro
peças decorativas foram executas em Buenos Aires.
A base do monumento dificulta a visão
da estatua que sustenta, é preciso inclinar a cabeça muito para cima, a
proporção e a forma do pedestal retiram um pouco da atenção que deveria ser
priorizada para estátua, como os degraus funcionam como bancos, passou a ser do
monumento que se contempla a praça em volta em vez do contrário.
Ragner Tompson
ENTORNO PRAÇA TIRADENTES
Localização dos principais monumentos.
O entorno da Praça Tiradentes em Ouro
Preto desenvolveu-se como núcleo principal da cidade. Nela encontra-se sobrados
residências, o museu da inconfidência (antiga casa de câmara e cadeia), o museu
de mineralogia (antiga casa do governador da capitania do Rio de Janeiro), o
restaurante universitário (antigo fórum), a Casa da Baronesa e o antigo Hotel
Pilão. Além dessas edificações, outras existentes na região compõem o entorno
da praça do século XVIII. Somando os estilos de monumentos, arquitetura e
demais elementos paisagísticos, a Praça Tiradentes assume o caráter eclético,
tendo um conjunto de obras que datam desde o século XVIII ao século XX. O
conjunto reúne características, coloniais, barroca, rococó, neoclássicas, assim
como detalhes e elementos em ferro fundido pertencente ao artdéco. O conjunto
arquitetônico que circunda a praça começou a se formar por volta do ano de 1750
onde começou a funcionar o palácio dos governadores. Até hoje seu entorno
encontra-se preservado e é considerado bem patrimonial da união e mundial.
As técnicas empregadas em sua
composição tem forte presença da pedra sabão com entalhes artesanais,
abundantes na ornamentação, pavimentação de vias e calçadas. As edificações
conservam o sistema de pau-a-pique, revestidas com detalhes em cantaria e
pinturas a base de cal. A presença do ferro nas sacadas e vidros nas janelas
são características ecléticas típicas da chegada da família real portuguesa no
Brasil. Os prédios mais robustos e imponentes se destacam por conter grande
parte estrutural em pedra típicas da região.
Atualmente a Praça Tiradentes funciona
como ponto de comercio, turismo, lazer e algumas residências. É importante
compreender toda a praça e seu entorno como elemento patrimonial histórico,
sendo fortemente característico do urbanismo proposto durante os postulados
barrocos, atendendo por vias largas que desafogam o transito coroada por um
grande monumento ao centro.
Conclui-se que a Praça Tiradentes é um
conjunto de obras de diferentes estilos de época e tipos estruturais. O
tombamento da praça e entorno protege e conserva a história de um período
urbanístico, esse só faz sentido ser preservado quando na integra, uma vez que
apenas um elemento não é capaz de expressar sua função original.
Thalles Barcelos
MUSEU DA INCONFIDÊNCIA
Museu
da Inconfidência (Casa da Câmara e cadeia)
O Museu da
Inconfidência Foi construído em 1785 para servir de Casa da câmera e cadeia, e
foi projetado pelo José Fernandes Pinto Alpoim, contratado pelo Governador Luiz
da Cunha Meneses. Nessa época as riquezas de Minas Gerais estavam se esgotando
e o governador sofria críticas em relação aos seus desmandos. O projeto
original era adequado para esse tipo de edificação.
Ao construir a
obra, o governador fez uso de escravos, sentenciados e reuniu artistas,
carpinteiros e pedreiros. O museu possui valiosas coleções de objetos e
manuscritos interligados à inconfidência. Existem obras referentes a
Aleijadinho Xavier de Brito, Mestre Ataíde além de mobiliários e vários objetos
dos séculos XVIII e XIX. A construção
foi bancada por fundos arrecadados em uma loteria pública e ao ser finalizada,
começou a ser usada como cadeia em 1790, logo depois de uma de suas maiores
paralisações já ocorridas, como a Inconfidência Mineira.
A Casa da
Câmara e Cadeia é um dos mais importantes exemplos de arquitetura do barroco
tardio no Brasil, possuindo traços do neoclassicismo, ao adotar o frontão e as
colunatas na fachada. Apresenta simetria em sua fachada e dois pisos, contendo
elementos destacados em cantaria. A entrada principal possui duas portas
situadas em um pórtico com colunas jônicas que se estendes até o andar
superior. Ela é acessada por uma escadaria ornamentada com uma fonte de pedra
lavrada. As janelas são todas similares entre se, adotando como material das
molduras, a pedra e como arremate, o aço.
A obra possui estátuas decorativas em suas extremidades, localizadas na
balaustrada acima do conjunto arquitetônico.
A idéia de
fazer um museu surgiu com Getúlio Vargas, em 1936, que planejava resgatar os
despojos dos heróis da Inconfidência Mineira e acabou gerando um movimento
maior que visava à recuperação da memória do período colonial brasileiro e seus
monumentos. Sendo assim, A Casa da Câmara passou por uma reforma que incluiu
acréscimo e recuperação do aspecto original do edifício já bastante
desfigurado.
A queda de
Getulio Vargas transformou o panorama político nacional e graças a sua
associação com o antigo regime o museu entrou em um processo de decadência.
Essa situação só mudou com a chegada de Delso Renault, enviado pelo IPHAN, fez
a restauração do prédio. Hoje o museu voltou a se destacar tanto nacionalmente
quanto internacionalmente, possuindo até mais quatro prédios como anexos e seus
equipamentos museográficos foram modernizados.
Matheus Sabino
HOTEL PILÃO
Localização:
O edifício denominado
de Centro Cultural e Turístico está localizado em um dos pontos mais estratégicos
do Centro Histórico de ouro Preto/MG, na Praça Tiradentes com a Rua Claudio
Manoel.
Localização do Centro Cultural e Turístico
de Ouro Preto/MG, Antigo Hotel Pilão na malha urbana.
O entorno:
Sua implantação permite
que se tenha um bom ângulo visual do edifício, afinal, há proporção suficiente
entre a largura da Praça e a altura dos edifícios adjacentes, e em torno do edifício,
não há predomínio de construções verticais.
Historia do casarão:
As primeiras informações
de ocupação do lote onde hoje se encontra o prédio datam do inicio do século
XIX. No local havia três casas que pertenciam à mineradora Ana de Menezes,
depois herdada por seu neto Padre Joaquim Viegas de Menezes. Estudos indicam
que também em 1868 existiam duas casas ao invés de três, já em 1894 uma única
edificação.
Em 14 de abril de 2003,
um incêndio destrói o casarão, o incêndio ameaçou edificações históricas
vizinhas ao hotel como o prédio da Câmara de Ouro Preto e a Casa da Baronesa,
para apagar o fogo foram necessários batalhões de bombeiros de cidades
vizinhas.
Com o incêndio,
ressurgiu amostras como colunas de tijolos e vigas de ferro e fundações de
alvenaria de pedra do séc. XVIII e XIX. Os casarios antigos servirão como base
para a construção do casarão do Antigo Hotel Pilão.
Nos últimos anos, o
hotel teria funcionado no andar superior do casarão, já nos inferiores
funcionavam comércios: uma loja de moveis, uma loja de artesanato, uma loja de
pedras preciosas e joias e um café- internet.
Pouco tempo antes do incêndio o casarão foi vendido a um empresário do setor
hoteleiro não estabelecido em Ouro Preto.
Em 2005, o prédio é
comprado pela FIEMG (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), ele
foi reconstruído e tem como novo uso o Centro Cultural e Turístico do Sistema
FIEMG e tem sua inauguração em abril de 2006.
O Projeto:
O Prédio teve sua
reconstrução feita através de estudo e parâmetros que respeitam todas as
dimensões e formas das fachadas, portas, janelas e telhados procurando
respeitar a memoria do elemento arquitetônico. O edifício original construído
no século XVIII, em estilo colonial, teve sua fachada tombada pelo IPHAN.
Devido a esse fato, as fachadas do novo edifício não poderiam ser diferentes
das antigas.
Fachada após a reconstrução.
“A restauração deve
visar o restabelecimento da unidade potencial da obra de arte, desde que seja
possível, sem cometer um falso artístico ou um falso histórico e sem cancelar
nenhum traço da obra de arte no tempo” Cesare Brandi.
A reconstrução do
Hotel Pilão entra exatamente nesse contexto.
Samara Marques
ILUMINAÇÃO DA PRAÇA DE OURO PRETO
Em 1965 iniciou –se o projeto de
construção da RDS (reforma da rede subterrânea)
em Ouro Preto , fizeram varias pesquisas aprofundadas ,revendo gravuras
da cidade na antiguidade como que eles faziam, pois o patrimônio da cidade
tinha que continuar sendo preservado, como é ate hoje em dias atuais. Entao
depois de muitas pesquisas foi desenvolvido uma luminária em forma de
lampiao , com características estéticas alusiva ao ambiente, e bem parecidas
com as que eram usadas na época de colonização.
Tecnicas
construtivas
Iluminaçao
antigamente em Ouro Preto
Nos primeiros projetos todas as
instalaçoes foram feitas com postes de aço escalonado em 3 niveis, o critério
de instalações basica previa o engastamento em terrenos firmes como calçadas,
assim como em terrenos ‘’fracos’’ como as praças. Em 1971, após 4 anos de
pesadas baixas nos lampiões , foi desenvolvidos instalações em paredes das
casas ao redor da praça Tiradentes,
Depois de varias tentativas para continuar mantendo em preservação o patrimônio
historico foi realizado uma nova proposta para a iluminação ao redor da praça,
assim foi desenvolvida um suporte para parede com uma Voluta Colonial, mas devido alguns problemas ocasionados,a estrutura não era funcional, ai
foi mudada a estrutura para Volutas Retas que são usadas em dias atuais em Ouro
Preto.
Volutas
Coloniais, e ao lado a Voluta Reta usada
em dias atuais
Sistema
construtivo dos postes de aço, primeiros
projetos
As lâmpadas usadas nas
Volutas Retas, são a vapor metalico, assim atendendo totalmente a vontade da
população ,e as nescessidades arquitetônicas da cidade. Desde 1967 que são realizados projetos de iluminação decorativa dos
principais marcos e edificações da cidade, como o museu da Inconfidencia, e são
usadas em dias atuais.
Museu
da Inconfidência
Museu da Inconfidencia sendo iluminado por iluminação decorativas
Volutas Retas com lâmpadas a
vapor
Já se tem pesquisas para novos projetos de
iluminação em Ouro Preto , teste estão
sendo feitos, para a melhoria na cidade sem que prejudiquem o patrimônio
histórico da cidade .
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