IGREJA DE SANTA EFIGÊNIA
Localização: Bairro de Santa Efigênia, no alto da
ladeira do Vira-saia.
Data da construção: 19 Quartel do Século XVIII.
Autor do projeto: *
Proprietário: Arquidiocese de Mariana, administrada pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário.
Tombamento: Processo nº 75-T, Inscrição nº 241, Livro Belas-Artes, fls. 42. Data: 08.IX. 1939.
Finalidade atual: Culto religioso.
Data da construção: 19 Quartel do Século XVIII.
Autor do projeto: *
Proprietário: Arquidiocese de Mariana, administrada pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário.
Tombamento: Processo nº 75-T, Inscrição nº 241, Livro Belas-Artes, fls. 42. Data: 08.IX. 1939.
Finalidade atual: Culto religioso.
Esta Igreja, localizada em uma ladeira de uma parte antiga
do velho bairro do Padre Faria, foi construída com ajuda das Irmandades do
Rosário, que apadroou os negros escravos. Estes encontravam na Irmandade e na
religião uma salvação, uma cura para seus males. Foi um dos meios que os
senhores encontraram de acalmar os escravos e dá-los a ilusão de liberdade.
Esta era uma das únicas igrejas que os negros podiam frequentar, sendo que para
isso deveria ser destinada a raça negra. Brancos, mulatos e mestiços podiam
participar das celebrações religiosas e cultos na Igreja de Santa Efigênia, no
entanto a abandonavam logo que uma igreja destinada a eles fosse construída.
Grande responsável pela obra da Igreja e homem de influência
entre os negros foi Chico Rei, africano que ao chegar em Minas Gerais,
capturado por negreiros, tornou-se forro e forrou outros súditos. Logo criou-se
uma comunidade de escravos livres, em que tal indivíduo era rei. Encontrou uma
mina de ouro riquíssima chamada mina da Encardideira e assim pode investir em
obras que favoreciam a população negra no Brasil.
Na frente da Igreja de Santa Efigênia existe uma grande
escadaria de pedra com 42 degraus. A edificação está sobre uma grande
plataforma, de onde se pode ter uma vista privilegiada da cidade. A fachada é
dividida em três partes. A central é avançada com colunas de estilo jônico,
apresenta frontão triangular quebrado (característica do barroco), um óculo e
uma imagem de Nossa Senhora do Rosário de pedra sabão localizada em um nicho na
fachada. Os elementos da parte central da fachada são bastante tumultuados e
terminam com um grande frontão com curvas e volutas e uma cruz de pedra. As
sineiras, localizadas nas laterais, que compõem a fachada são prismáticas com
os cantos arredondados.
Ao adentrar a Igreja encontra-se um tapa-vento entalhado em
madeira. A nave é ampla e apresenta quatro altares e retábulos também feitos de
madeira. São ricos em detalhes, movimentados, com elementos decorativos que
remetem à natureza, colunas torsas e anjos. Estes elementos típicos do barroco
visavam exaltar nos altares santos pretos como Santa Efigênia e São Benedito.
CAPELA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
Localização: Bairro de Antônio Dias ou do Padre Faria.
Data da construção: Início do século XVIII.
Autor do projeto: *
Proprietário: Arquidiocese de Mariana.
Finalidade atual: Culto religioso.
Engastada em pequena elevação dentro de um grande vale, a situação dessa
capela valoriza a sua elegante simplicidade. Formando um primeiro plano com o
acesso ao pequeno adro, uma grande cruz papal ou pontificial, de três braços,
esculpida em arenito e com a data 1756 gravada; ergue-se ao lado dos degraus
rústicos. O frontispício é liso e simples, dentro do esquema usual das capelas
mineiras: portada e duas janelas laterais rasgadas, com balaustradas. Não se
conhece explicação para a origem da cruz papal nesta capela. Há ainda
externamente uma pequena torre sineira, e um sino de bronze, com a imagem de
Nossa Senhora do Rosário e a data 1750; essa torre é coberta com telhado em
pirâmide galbada. Voltando à capela, é construída em alvenaria de pedra, com
elementos de cantaria, como a portada, encimada por cimalha rica e com porta
almofadada; as duas janelas enquadradas de cantaria, com pequena cimalha, óculo
circular na empena e cunhais de cantaria com coruchéus. A cobertura é em
telhado de duas águas e no vértice da empena, há uma cruz de pedra sobre
pequena base. O interior apresenta dois esplêndidos altares e retábulos
dourados, de estilo Dom João V, na nave, cujo teto é decorado com uma pintura
representando a coroação da Virgem, cercada pelos anjos e nos quatro painéis da
parede cenas da vida de Maria. Diogo de Vasconcellos, no seu estilo florido,
nos descreveu em 1911 a capela-mor: "Não é mentira dizer que o altar-mor
desta capela, é a jóia mais rica da cidade, para não me levarem em conta do
exagerado, compará-lo a uma chapa de ouro aberta por anjos em maravilhas de
talha". (Diogo de Vasconcellos. A Arte em Ouro Preto, Edições da Academia
Mineira, 1934). O autor continua, dando uma longa e entusiástica descrição da
capela, e também propondo uma explicação para a cruz pontifícial externa. O
papa que reinava no momento era Pio VI, que concedeu através de três bulas,
privilégios e graças especiais à capela, o que faz crer que o cruzeiro tenha
sido erguido para comemorar essa grande distinção. A peça, aliás, é de uma
execução perfeita: da base ao topo da haste principal mede 8,52m de altura, e
todos os trabalhos de talha e encaixes são impecáveis. Há mais de dois séculos
lá se mantém até hoje.
IGREJA DE NOSSA SENHORA DO PILAR
Localização: Praça Monsenhor Castilho
Barbosa
Data da construção: 1731
Autor do projeto: Sargento-mor Engenheiro Pedro Gomes Chaves
Proprietário: Arquidiocese de Mariana
Finalidade atual: Culto religioso
Data da construção: 1731
Autor do projeto: Sargento-mor Engenheiro Pedro Gomes Chaves
Proprietário: Arquidiocese de Mariana
Finalidade atual: Culto religioso
A construção da
Igreja de Nossa Senhora do Pilar, Matriz do bairro de Ouro Preto, foi
iniciativa de duas Irmandades associadas: a do Santíssimo Sacramento e a de
Nossa Senhora do Pilar, fundadas no mesmo ano de 1729.
É
localizada na Praça Monsenhor Castilho Barbosa, foi erguida em torno de capela
dos primeiros anos do século XVIII, e inaugurada em 1733, quando ainda não
estava concluída.
Igreja
matriz de nossa Senhora do Pilar apresenta características internas
predominantemente joaninas devido ao período de execução dos trabalhos de talha
e da utilização de mão de obra especializada essencialmente portuguesa no que
diz respeito aos arrematantes, mestres de obra e entalhadores. O período
joanino é o mais carregado e esplendoroso momento do ciclo barroco-rococó em
Minas Gerais. A arte que se produziu nesse momento é tão inebriada, ostensiva e
representativa em aspectos religiosos e políticos.
Quanto aos
aspectos técnicos, a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar apresenta
estrutura arquitetônica caracterizada pela justaposição de duas formas
quadrangulares: a primeira correspondente à nave ou corpo da igreja; a segunda
à capela-mor e sacristia (com consistório no segundo pavimento), cujo acesso é
feito por corredores laterais encimados pelas tribunas da capela mor.
Abriga hoje
o museu de Arte Sacra de Ouro Preto, que reúne imagens, documentos e algumas
das vestimentas usadas na celebração do Santíssimo Sacramento.
O
tombamento pelo IPHAN aconteceu em 1939. O instituto realizou
trabalhos de douramento e pintura entre 1952 e 1965.
No
dia 1º de Dezembro de 2012, em solene cerimônia, a Igreja Matriz de Nossa
Senhora do Pilar foi elevada à condição de Basílica Menor.
IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS
Localização:
Bairro de Antônio Dias
Data da construção: 1766
Autor do projeto: Antônio Francisco Lisboa o Aleijadinho
Proprietário: Arquidiocese de Mariana
Finalidade atual: Culto religioso
Data da construção: 1766
Autor do projeto: Antônio Francisco Lisboa o Aleijadinho
Proprietário: Arquidiocese de Mariana
Finalidade atual: Culto religioso
Exemplo da riqueza econômica e
cultural vivenciada por Ouro Preto no século XVIII, a Igreja de São Francisco
de Assis começou a ser construída em 1766, quando a vila vivia o ápice da
exploração do ouro, construída
em estilo rococó, que constitui uma etapa posterior, na evolução do barroco
mineiro.
Financiada pela Ordem Terceira
de São Francisco de Assis, organização que reunia parte da população branca da
vila, a igreja pertence à freguesia de Antônio Dias, uma das duas 'áreas
religiosas' que dividem a cidade (a outra é a do Pilar).
A obra é uma
sequência integrada de três volumes:
·
Nave - O forro da nave, em forma de gamela,
é totalmente coberto pela pintura de Ataíde, que representa a assunção de Nossa
Senhora da Conceição
·
Capela-mor e sacristia - de proporções
harmônicas e ornamentação sóbria.
Decoração, com
anjos, elementos vegetais, fitas, guirlandas e entrelaçados em madeira e
pedra-sabão. Torres cilíndricas, recuadas - são deslocadas do plano da fachada
a partir de uma espécie de movimento em rotação. As portadas, púlpitos e lavatórios da Igreja
de São Francisco de Assis são consideradas obras maiores da escultura em pedra
sabão.
O forro da igreja, uma impressionante pintura de Manuel da Costa Ataíde,
cria um jogo com as colunas e parapeitos que o cercam, criando uma ilusão de
ótica no espectador.
Sua arquitetura
não se limita à cópia de estilos europeus, mas se destaca pela singularidade
artística.
MATRIZ NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DE ANTÔNIO DIAS
Localização: Freguesia
de Antônio Dias.
Data da construção: 1727.
Autor do projeto: Manuel Francisco Lisboa.
Proprietário: Arquidiocese de Mariana.
Tombamento: Processo nº 75-T, Inscrição nº 247, Livro Belas-Artes, fls. 43. Data: 08.IX.1939.
Finalidade atual: Culto religioso.
Autor do projeto: Manuel Francisco Lisboa.
Proprietário: Arquidiocese de Mariana.
Tombamento: Processo nº 75-T, Inscrição nº 247, Livro Belas-Artes, fls. 43. Data: 08.IX.1939.
Finalidade atual: Culto religioso.
A igreja matriz de N. S. da Conceição de Antônio Dias, como
todas as sedes paroquiais de Minas do período colonial, construiu-se com o esforço
comunitário dos fiéis organizados em confrarias. Esta grande igreja é uma das
mais importantes de Ouro Preto, não só pelas suas proporções, como pela sua
qualidade arquitetônica, que inclui a esplêndida ornamentação interior.
Construída na primeira metade
do século XVIII, a igreja é uma das mais antigas da cidade. Apresenta,
portanto, algumas características da arquitetura primitiva de igreja mineira:
proporções pesadas, formas duras, fechadas, ângulos retos, separação bem
marcada entre as figuras geométricas das torres, do pórtico, da nave, e da
capela-mor.
Por ter sido executada anteriormente a 1760, a matriz de
Antônio Dias apresenta decoração interna em que a talha é extremamente rica,
correspondendo à época de Dom João V, em pleno apogeu do barroco. A talha da
capela-mor, contudo, é mais recente, constatando-se a influência do Rococó.
O longo bloco da construção, que ocupa uma área de cerca de
55,00 x 20,00m, divide-se em dois corpos: o da nave e o da capela-mor,
corredores, sacristia, consistório. O primeiro é mais alto, e ambos cobertos
por telhados de duas águas.
Em meados do século XIX a igreja teve sua fachada
modificada, se assemelhando muito à da fachada neoclássica da Capela de N.
Senhora do Carmo de Ouro Preto.
Em 1868, o telhado ameaçava
despencar, o que causou a interdição
do templo. As reformas, realizadas entre
1869 e 1875, incluíram a substituição das paredes, que eram de taipa, por paredes
de pedra do Itacolomi.
A partir de meados de 1980 o IEPHA-MG, realizou um trabalho
considerável de conservação interessando diversas partes da obra, como telhado,
forros, pisos, pintura, rede elétrica, rede hidráulica, inclusive chafarizes,
entre outros serviços.
Entre outras glórias da Matriz de Antônio Dias está
o fato de ter nascido, vivido, trabalhado e morrido na paróquia de Antônio
Dias, o maior artista do Brasil: Antônio Francisco Lisboa. Tanto ele como seu
pai, o arquiteto da Matriz, estão enterrados na velha e ilustre igreja de Nossa
Senhora da Conceição de Antônio Dias. Algumas de suas obras e peças estão expostas no Museu Aleijadinho, instalado
nas dependências do Santuário.
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